E quando nada dá certo?

Na nossa caminhada muita coisa não dá certo e a pergunta é: Será que nós estamos preparados para reagir ao “fracasso”? Digo “fracasso” porque depende do nosso ponto de vista e nosso amadurecimento espiritual.

De Gn 37 ao 50 é narrada uma das histórias mais impactantes da bíblia, uma verdadeira novela...a história de José. O primogênito de Raquel, filho preferido de Jacó mas por outro lado o irmão mais inconveniente que você poderia ter. José era do tipo daquele irmão que quando você faz alguma coisa errada e seus pais não estão por perto ele faz questão de dar um grito ou contar quando tão logo seus pais chegarem em casa, imagina ele gritando: “Mãeeee Judá bateu a cabeça de Ruben na parede e ainda falou se eu falasse ele ia me bater!!”.

Não bastasse o favoritismo do pai ele tinha uns sonhos que incomodava a todos, cá pra nós ninguém gosta de gente convencida né? Bom, eu não sei dizer ao certo mas acredito que ele não fazia isso por mal. Afinal, dizer para os seus irmãos mais velhos e experientes que eles se curvariam ao seu irmão chatinho não era muito legal né? Mas Deus sabia de todas as coisas...Ele sempre sabe. E José não parecia ligar pra reação dos seus irmãos ou do seu pai, ele tinha uma confiança que é difícil de entender.

Um belo dia seus irmãos tiveram uma oportunidade de exterminar José e todos os seus sonhos mas por misericórdia de Ruben eles não o fizeram, acabaram o vendendo como escravo para os egípcios. Menino sonhador agora estava longe, mas Bíblia diz que quem o comprou ganhou um tesouro, a confiança permanecia nele. Se tornou o melhor escravo que o seu amo poderia ter, José com toda a sua beleza quase foi tentado na sua carne mas resistiu dizendo: “Como, pois, posso cometer esta grande maldade e pecar contra Deus?” Apesar de estar longe de casa em cultura diferente, com valores diferentes, José sabia quem Ele era e a quem realmente ele servia. Depois desse fato ele acabou sendo preso injustamente e lá estava ele de novo, confiante, fazendo o melhor que ele podia, sabendo que sua vida era regida por um maestro infinito, as algemas e as grades nunca puderam prendê-lo.

Bom, o resto da história eu sei que vocês conhecem...e hoje nós vamos falar sobre CONFIANÇA. Para sobreviver a quando nada dá certo, precisamos estar confiantes em Deus e no que Ele quer fazer em nós. Para confiarmos em Deus, precisamos sempre enxergar nossas circunstancias adversas por meio da lente da fé, e não do que sentimos.

Você acha que José não sentiu raiva dos seus irmãos? Ele poderia ter se tornado um revoltado? Você acha que ele não se sentiu injustiçado por Potifar?

José enxergou as circunstâncias que ele estava vivendo por meio da fé, ele sabia que Deus tinha tudo sob controle mas mesmo assim ele não permaneceu inerte, sempre foi o melhor sabendo que era isso que Deus esperava dele. Mais do que um sentimento passageiro, José sabia que tinha um Deus que era dono do tempo e da história. Mais de onde ele tirava essa fé? Da palavra, na época, dos ensinamentos do seu pai sobre a lei e sobre quem era o Senhor.

Olhando para a vida de José e para nossa própria história nós precisamos entender 3 verdades essenciais:

1. Deus é completamente soberano. Ele sempre sabe o que é melhor para nós.

2. Deus é infinito em sabedoria. Ele sempre tem o melhor para nós.

3. Deus é perfeito em amor. Sempre deseja o que é melhor para nós.

Pense em José e reflita sobre essas três verdades, é mais fácil porque a gente sabe o final da história. Ele foi o herói da sua nação, por causa dele eles não morreram de fome, muitas pessoas dizem que foi por isso que José teve que passar por tudo isso e etc...eu acredito que esse seja um dos motivos mas o principal motivo era JOSÉ.

Deus estava interessado nele, Deus deseja que José o conhecesse de maneira íntima e pessoal, José sabia os fatos a respeito de Deus mas ainda não o conhecia com Deus ansiava e como ele precisava.

Qual seria a explicação para um menino “chato”, imaturo, sonhador, inteligente...que foi rejeitado e escurraçado pelo seus próprios irmãos, injustiçado de várias maneiras, depois de anos agora tinha os irmãos na palma da sua mão e poderia se vingar...por que escolheu perdoar? Por que escolheu amar? Inevitavelmente ele encontrou a Deus no meio do furacão e deixou ele trabalhar no seu coração.

Líder, quando a luta chegar louve ao Senhor, é também na adversidade que Ele vai te deixar mais parecido com Ele.

Não só isso, mas também nos GLORIAMOS nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um CARÁTER APROVADO; e o caráter aprovado, esperança. Romanos 5:3-4