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COMPASSOS para líderes de jovens

MPC BRASIL

Deus já está na cidade



Eu estava a caminho de Anápolis, para uma reunião de equipe. Ou melhor, um “Encontro de voluntários”. É um desafio imenso para quem está há tanto tempo na missão, manter-se atualizado. Aliás, são muitos os desafios: saber até onde confiar e considerar a experiência, sem deixar de se abrir a novas possibilidades; adotar nomes mais atrativos para velhos eventos (como “reuniões de equipe”) assim como novas ilustrações para antigos desafios (a tendência é se agarrar às mesmas histórias repetidas, e a gente nem percebe); não se deixar levar pelas experiências negativas, dando sempre o benefício da dúvida de que “desta vez pode ser diferente” – o que inclui acreditar nas pessoas, na medida certa. Sem contar estar disposto a aprender novas tecnologias e fazer um exercício constante de entender a mentalidade das novas gerações.


Mas o que eu não imaginava era que, depois de tantos anos de MPC, eu me sentiria novamente tão ansiosa com uma reunião de equipe. Coisas que eu já pensava ter superado, lá estavam bem diante de mim, ou melhor, dentro de mim. E inevitavelmente (pela necessidade compulsiva de me autoanalisar, com o perdão da redundância) comecei a me perguntar o porquê disso! Logo surgiram algumas explicações: tenho um longo histórico traumático de reuniões esvaziadas, aquelas que a gente fica esperando, esperando... e as pessoas não chegam; detesto não ter o controle das coisas, e lá estava outra situação em que não tinha controle de nada; fico ansiosa pra agradar todo mundo e ter a certeza de que todos ficarão felizes (“será que o programa ficou legal?”). E infelizmente esta luta, que já foi pior, ainda acontece na minha cabeça – e na de outros neuróticos de carteirinha. Sim, dizem que sempre é bom sentir um frio na barriga, excesso de autoconfiança é ruim. Mas aquela ansiedade estava demais, estava me consumindo. Foi quando abri o coração pra Deus e clamei por socorro.


Deus sempre nos socorre. Então Ele me fez lembrar o seguinte: o que está acontecendo em Anápolis não é fruto do meu esforço. E por mais que eu tenha um papel a desempenhar (aqueles paradoxos de Deus, sabe), é Ele quem está fazendo um “movimento” na cidade. Ele já estava lá antes de mim (difícil entender o óbvio, né?). Meu papel era apenas chegar, desafiar corajosamente, e deixar o Espírito fazer a ressonância no coração daqueles que Ele está chamando. Logo me lembrei dos encerramentos do Escola da Vida: creio firmemente que nosso papel é apresentar o Evangelho com clareza, ousadia e fazer o convite. O Espírito Santo é aquele que vai tocar os corações e salvar alguns – isso não depende de nós. Este paralelo com a mobilização e recrutamento de voluntários foi libertador!! Entendi que o negócio de Deus é enviar os trabalhadores para a Seara, e o meu negócio era servir esta gente, falando em voz alta aquilo que suavemente Deus já tem falado aos corações. Encorajando estes queridos a darem o passo que precisam dar em resposta a algo que eles mesmos já sabem que Deus quer que façam. Entendi que precisava confiar na obra do Espírito Santo, e me lembrei de que tudo o que fazemos é para alguns. Estes alguns – voluntários comprometidos com a causa – estariam ali. Outros ainda virão. Muitos vão ouvir nossa voz, mas não sabemos se ouvirão o Espírito. Isso é entre eles e Deus. Nossa parte é tocar a trombeta e chamar pra guerra!


Esta verdade tirou um peso enorme dos meus ombros. Tanto faz se ia muita ou pouca gente. Deus está no controle. Esta paz foi tão grande que dissipou todos os outros medos: dirigir por quase duas horas debaixo de uma chuva torrencial, e encontrar sozinha a igreja onde seria o “Encontro”. Eu tinha certeza de que Deus e seus anjos estavam comigo, e que nem tudo dependia de mim. UFA.


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